Por José Manuel d’Oliveira Vieira
1830
-Mapa da vila e arredores de Abrantes com a explicação:
1
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Convento
da Santo António
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2
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S. Vicente
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3
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S.
Domingos
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4
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Convento
das Freiras da Graça
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5
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Convento
das Claras
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6
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S. João
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7
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Misericórdia
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-Estrada
para o Gavião e Nisa
-Estrada
para Vila de Rei
-Estrada
para Ponte de Sor
-Estrada
para Ponte de Sor a partir de S. Miguel
-Estrada
para Tramagal
-A Capela
de Stª Luzia na direcção da estrada para Tomar
-Estrada
para Punhete
|
|
-E ainda as “Comissões” à beira do Rio Tejo bem como a Ponte das Barcas.
425-1-1-1 DSE CRT/2002
JANEIRO 4: Contingente de Infantaria Nº 4 marcha do Depósito de Prisioneiros de
Abrantes para reunir ao seu Regimento em Rio Maior11.
FEVEREIRO 11: Por Decreto de 5 de fevereiro fica adido à Companhia
de Veteranos de Abrantes, o Capitão do Ultramar Theodoro Joaquim da Costa
Valente58.
MARÇO 6: No total de 62#652 réis, 98 praças do Regimento Infantaria Nº 20 oferecem
os seus vencimentos, uniformes e obras para as urgências do Estado11.
-A Irmandade dos Passos de S. João de Abrantes pagou pela Guarda de Honra
que acompanhou a Procissão dos Passos 3#600 reisDO110.
MARÇO 21: Trinta e seis praças que estavam ao serviço no extinto Depósito de Abrantes
desde 15 de janeiro a 21 de março de 1829, forão escuzas* do Real
Serviço11.
*Escuzas=dispensa de serviço ou de
obrigação.
MAIO 7:Cabo de Esquadra António Joze Caetano e Soldado Manoel da Roxa do Regimento de
Infantaria Nº 19, bons pintores e douradores, não seguiram para Peniche com o
Contingente. Ficaram durante vinte dias em Abrantes a aprontarem o Altar
do Bom Jezus, e Santo Sepulcro da Igreja, e Freguezia de S. João desta Villa,
obra que estava em meio, e devia servir na Semana Santa… na devota
Procissão do Enterro do Senhor11.
Igreja de S. João - Santo Sepulcro
MAIO 11: Cristóvão Arez de Oliveira, Capitão da 6ª Companhia de Ordenanças de
Abrantes10.
MAIO 29: Por não ser prática abonar-se às praças internadas em Hospitais Regimentais, o Comandante de Cavalaria Nº 5 (Castelo Branco) recusa fazer o pagamento de
“Pret” ao Tenente Coronel do Regimento Nº 20 João José Doutel (Abrantes), por
este o ter feito a um militar de Cavalaria11.
JUNHO 17: Luís Deodato de Sousa, Tenente Coronel Graduado a prestar serviço no
Regimento de Caçadores do Minho, que foi Comandante do Depósito de Prisioneiro
de Abrantes é obrigado a pagar à Real Fazenda 11 cobertores que foram
extraviados durante o seu comando no referido Depósito*11.
* Orem do Dia do Exército de 16 de dezembro de 1809 determina que os
Comandantes sejam responsáveis de toda e qualquer falta e não os oficias e
subalternos.
JUNHO 30: Durante o 1º semestre do ano, provenientes das sobras do “Pret”, foram
aplicados com os Presos Sentenciados a trabalhos públicos e da Fortificação da
Praça de Abrantes, 39#740 réis11.
JULHO 18: Deixa o Governo interino da Praça de Abrantes o Brigadeiro António de
Azevedo Coutinho e toma posse o Brigadeiro António Tavares Maggessi11.
AGOSTO (!): Theodoro Joaquim da Costa Valente, Cavaleiro da Ordem de S. Bento d’Aviz,
Capitão de Infantaria da Primeira Linha é o Comandante da 4ª Divisão do
Depósito de Prisioneiros da Praça de Abrantes11.
AGOSTO 4: Mochilas em uso no R.I. Nº 20 desde 1826 são de 1814. De tão inúteis e
arruinadas de nada servem11.
Mochila militar
AGOSTO 9: Por se acharem em estado de ruína, António Maria, Sargento de Artilharia Nº
3, requisita “dois cabos para cabrilha inglesa”*11.
*Sublinha-se
o nome cabrilha, por se tratar
de uma ferramenta preciosa para a elevação das peças de artilharia submersas na
região de Vila Velha de Rodão.
Cabrilha é uma espécie de pequeno
guindaste, com tripé de madeira e molinete (roldanas) para colocar e retirar o
canhão de cima do seu reparo ou carreta.
AGOSTO 9: (Confidencial) - Exultài Ó Portugueses
Fieis! Está próximo o báque=queda. Viva a Soberana Rainha
D. Maria 2ª… Morra o Tyranno Ente de ruinas!…
Assim era o texto dos três pasquins encontrados durante a madrugada pregádos
nas Esquinas, de differentes ruas da Praça de Abrantes, pelo Sargento
Comandante do Destacamento de Artilharia. Para se poder conhecer os forjadôres de
tão incendiários, e atrózes pasquins é, pelo Ajudante de Ordens João
António de Azevedo Coutinho, dado conhecimento ao Juiz de fora de Abrantes
Januário José Ferreira Victor dos Reis, bem como ao Governador da Beira Baixa
António Tavares Maggesi11.
AGOSTO 11: Estando destacado na Ilha da Madeira o 1º Batalhão de Infantaria Nº 2 em
extrema de necessidade de fardamento e fardetas, a Secretaria do
Estado dos Negócios da Guerra ordena ao Arsenal Real do Exercito o envio do
referido equipamento na primeira embarcação da Corôa que houver hir
para aquela Ilha11.
AGOSTO 14: Brigadeiro Tavares Magessi, Governador da Beira Baixa, informa Conde de
Barbacena, de todos os Pontos da Provincia, se acharem no
maior socego, e tranquilidade, á excepção dos pasquins , encontrados na Praça
de Abrantes11.
AGOSTO 28 a NOVEMBRO 27: Governador da Praça, António de Azevedo
Coutinho envia relatórios semanais ao Conde de Barbacena e na ausência deste ao
Marquês de Tancos, dando conta de que os habitantes da Praça de Abrantes e
guarnição militar vivem em tranquilidade e são leais a El Rey Nosso
Senhor11.
SETEMBRO 16: Bernardo de Siqueira Oliva, Alferes do Regimento de
Infantaria Nº 19, faz relatório detalhado ao Alferes Ajudante de Ordens João
António de Azevedo Coutinho (Quartel General em Abrantes) do
roubo cometido a sua pessoa por huma Companhia de Ladroens a Cavallo… no Val de
Junça para alem de Longo Mel…11
SETEMBRO 17/18: Por falta de força de Guarnição,
Governador da Praça de Abrantes refere ao Marques de Tancos não poder enviar 20
ou mais praças à Golegã para escoltar um grande malfeitor conhecido com o
suposto nome de Pedro Alves, chefe de uma quadrilha a cavalo que o tenta tirar
à justiça. No mesmo documento, António de Azevedo Coutinho refere ter sido
interrompida a segurança pessoal dos Passageiros, nas Estradas da Ponte de Sôr,
Gavião, e Long-mél, por Salteadores bem montados e armados, que tem perseguido,
e roubado os viajantes, que ultimamente acontecêo no dia 15 do corrente no Vale
da Junça junto a Lon-mél, aônde huma quadrilha roubou a mais de trinta pessôas,
entrando neste numero o Alferes Bernardo de Siqueira Oliva… A falta, e deminuta
Guarnição desta Praça, não se tem permitido poder perseguir estes
malfeitores…em quanto neste ponto, não estiver hum Destacamento de Cavalaria,
empregado em serviço de Policia, que ronde as Estradas de Punhete, Sardoal,
Ponte de Sôr, Gavião, e Long-mél, pois que as muitas carvoârias ao Sul do Tejo,
acôutão todos os malfeitores, e desertores…11
OUTUBRO 16: Quarenta e sete barcas e cinco meias barcas das pontes militares de
Abrantes e Punhete necessitam de ser reparadas. Orçamento realizado em Abrantes
pelo Tenente do Real Corpo de Engenheiros, Casimiro Xavier d’Azevedo Carvalho
importa em 1.735#060 réis e são necessários 10 carpinteiros de machado, 4
serradores, 6 calafates e 4 serventes ou trabalhadores11.
OUTUBRO 26:Todas as classes militares, Câmara e civis da Praça de Abrantes festejarem
o aniversário de El Rey Nosso Senhor D. Miguel 1º. Com
entusiasmo, alegria, provas de amor, fidelidade e vassalagem a Vila de
Abrantes iluminou-se, o Batalhão de Infantaria Nº 20 vestiu-se de gala, a
Companhia de Milícias de Castelo Branco auxiliou o serviço da guarnição e os
festejos duraram até de madrugada11.
DEZEMBRO 1: Durante todo o ano (janeiro a dezembro), Quartel General da Praça de Abrantes
remete ao Marquês de Tancos “Mapas da Força” e “Relações dos presos
sentenciados” a cumprir penas no Presidio Militar de Abrantes.
-Por Acordão da Regia Comissão da Alçada Estabelecida na Cidade do Porto, encontram-se a cumprir
pena de degredo nesta Praça os bacharéis formados em letras, Manuel Bernardo
Hermenegildo e José António Goniz, a um e dois anos respetivamente11.
DEZEMBRO 18: António Joaquim Ruivo, Capitão da 4ª Companhia de Ordenanças de
Abrantes10.
DEZEMBRO: Mapa demonstrativo dos trabalhos em que se empregarão os Prezos
Sentenciados no Prezidio de Abrantes, nos últimos 4 meses do ano11.
Obras
Fortificação
|
Trab.Insp. Obras
|
Condução água hospital
|
Ao serviço de juízes
|
Condução
água
|
Rancho
|
Doente Hospital
|
Não se ocuparão nos trabalhos fortificação por falta
de escolta(a)
|
Total
|
|
Setembro
|
2
|
11
|
2
|
1
|
1
|
1
|
18
|
||
Outubro
|
6
|
6
|
2
|
1
|
1
|
1
|
1
|
18
|
|
Novembro
|
12
|
6
|
2
|
1
|
1
|
1
|
1
|
24
|
|
Dezembro
|
-
|
-
|
2
|
1
|
1
|
1
|
18
|
23
|
(a) A de 17 de janeiro de 1831, Francisco António Raposo, Brigadeiro Inspector
das Obras Militares, refere ao Marquês de Tancos a preocupação da Guarnição de
Abrantes não ter militares suficientes para fazer escolta a presos sentenciados
e os guardar nos trabalhos públicos que estão realizando na Vila de Abrantes11.
DEZEMBRO 31: Mapa demonstrativo da apllicação que teve a
quantia de 74#640 reis das sobras provenientes do “Pret” que vencerão
durante o 2º semestre de 1830, os Presos Sentenciados a trabalhos públicos, e
da Fortificação da Praça de Abrantes11:
Presidio
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Camisas Novas
|
Jalecos calças e consertos
|
Sapatos novos e consertos
|
Lavagem e conserto de roupa
|
Tabaco sabão e linhas
|
Sobras que se lhes entregaram
|
Descontos pª Real Fazenda
|
Sobras que ficam em depósito
|
Total das sobras
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Abrantes
|
16#200
|
15#100
|
17#290
|
7#310
|
5#650
|
#820
|
11#670
|
#600
|
74#640
|
10Nuno Gonçalo Pereira Borrego – Ordenanças e Milícias de Portugal.
11AHM
58Gazeta de Lisboa Nº 41 – Pág. 161 – Ano 1830.
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