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HISTÓRIA MILITAR DE ABRANTES (XVI)


Por José Manuel d’Oliveira Vieira
1829
-A Irmandade dos Passos de S. João de Abrantes pagou pela Guarda de Honra e tambores na Procissão dos Passos 3.600 réis DO109
JANEIRO 3: Em nome do habitantes desta Praça e de toda a Guarnição Militar, António de Azevedo Coutinho regozija-se por El Rey D. Miguel Primeiro estar livre de perigo e o seu estado de Saude lhe permitir hir ao Quarto de Sua Augusta Majestade a Imperatriz Raynha, Beijar-lhe a Real Mão… Pelas melhoras de El Rey,  nos dias 31 de dezembro (1828) e 1 de janeiro do mês corrente, Abrantes engalana-se e são construídos trez Arcos de elegante gosto na frente da Porta Conventual do Convento de S. Domingos em cuja Igreja celebramos a nossa Festa, estes Arcos herão guarnecidos de Festoens de Louro e flores, e sobre  o arco central, se achava Collocada a Real Effigie de Sua Magestade, que nas noites dos mencionados dias se illuminarão com huma vistosa iluminação, muito fogo do ar, tocando a Muzica do Regimento Nº 20, o Hino Real, e outras pessas de boa Muzica, concorrendo neste vestozo espectáculo hum numerozo concurso de todas as Classes… Logo que terminou a Função de Igreja, todos os Corpos da Guarnição formarão em Linha, fazendo face a Igreja na Praça do Rocio…seguindo-se huma Salva de Artilharia, e três de fogo de Alegria… acompanhando-me em todo este aparatoso acto a Authoridade Civil…. Seguindo-se depois marchar a Tropa pella frente do Retrato de Sua Megestade…11.
JANEIRO 7: Para a Praça de Abrantes são remetidos todos os prezos que houver para responder a Conselho de Guerra11. 
JANEIRO 12:Francisco Luís, soldado que foi do Regimento de Infantaria 20, que pertenceu à “Legião Portuguesa”* e se encontra doente por moléstia, mandado para França pelo intruso Exército Francês, esteve na Rússia onde voltou em 1814, foi desertor e voltou de Espanha em 1821, por indigência da mulher e filhos requer e ingressa na Companhia de Veteranos de Abrantes11
*Militar português ao serviço de Napoleão.
Soldado Infantaria “Legião Portuguesa”
(Desenho - General Ribeiro Arthur)
JANEIRO 10: Por determinação El Rey Nosso Senhor, Brigadeiro Governador de Abrantes prepara-se e dá ordem para estabelecer nesta Praça um Depozito de Prizioneiro dos Corpos Rebelados até ao número de 500 que estão em marcha da Praça de Peniche e Cascais (ver: JANEIRO 12).
JANEIRO 12: Sobre o Depósito de Prisioneiros de Abrantes, o Governador da Praça refere ao Marquês de Tancos: Dando o devido coumprimento a Ordem d’El Rey Nosso Senhor que V. Exª me transmetio em Officio de 10 do corrente, tenho a dizer a V. Exª que destinei o Edeficio do Convento da Esperança para Depozito de Prizioneiros, único que nesta Praça pode ser apropriado para seu seguro alojamento: O antigo Palacio dos Marquezes de Abrantes que havia no Castello, foi demolido no tempo da Guerra, e apenas existem pequenas cazas, que servem de prizão da Praça até o numero de trinta prezos, e o resto he  arrecadação, e o Quartel do Destacamento de Artifices Engenheiros.
O Edeficio do Convento da Esperança tem sido parte, prizão de Sentenciados, e outra parte Quartel da Companhia de Veteranos, Destacamento d’Artilharia, Depozito de Praças avulsas, e pequenos Armazens de arrecadação da Repartição das Obras Militares, a Igreja Armazem de Muniçoens de Guerra, mudei imediatamente para diferentes lugares a Tropa e os efeitos da Fazenda, e requezitei a Repartição das Obras Militares, se fizessem tarimbas, no grande armazém, da que poderá servir de alojamento a cento e cincoenta praças, abrindo-lhe a comunicação para o interior do Edeficio; ordenei se fixassem as portas que deitão para a Rua; o que tudo se está fazendo com actividade, e prontidão:Concluidas estas obras, e feita huma palissada no Patio da Systerna, julgo que ficarão os prizioneiros em segurança, e commedidade, ficando todo o Prezidio fixado com huma só porta;fosse igualmente necessário a reedificação de alguns quartos arruinados, para arrecadações, e para dar mais segurança ao Edeficio; Espero que quando cheguem os Prizioneiros, já estejam prontos os alojamentos, para se aquartelarem…
Deos Guarde a VªExª – Quartel General na Praça de Abrantes 12 de Janeiro de 1829 – Antonio de Azevedo Coutinho - Brigadeiro Governador11. 
Páteo - Convento da Esperança
JANEIRO 13/15: Por ter sido removido por Ordem de El Rey Nosso Senhor o Depósito de Prisioneiros de Peniche para Abrantes, sob o comando do Tenente Coronel do Ultramar, Luís Deodato Pinto de Sousa, Comandante do dito Depósito, entram nesta Vila 239 praças de diversos Corpos do Exército. Oficiais, Oficiais Inferiores e Praças são colocadas em Abrantes11
JANEIRO 15: Do Depósito de Prisioneiros de Peniche entram em Abrantes 22 militares. No documento com data de 8 de janeiro o Brigadeiro Governador da Praça de Peniche, António Feliciano Telles de Castro Aparício, refere que os mesmos não merecem a confiança de que gozão e por isso são escoltados por uma boa força e seguem o itinerário 11: 
 Dias de marcha (janeiro)
Localidades
9
Caldas
10
Rio Maior
11
Alcanede
12
Pernes
13
Golegã
14
Punhete
15
Abrantes
JANEIRO 17: Sob escolta, comandados por um Alferes e 13 praças a cavalo, vindos da Praça de Cascais, entram no Depósito de Prisioneiros de Abrantes 348 militares Rebeldes 11. Provenientes de mais de duas dezenas de unidades militares, o maior número de rebeldes pertence ao Regimento de Infantaria Nº 10 (111) e Milícias de Tomar (91) *11
*Da relação com 9 folhas consta o nome e Corpos a que pertencem 11. 
JANEIRO 21: Nesta data é dado “annuir a reprezentação, para se conservar nesta Praça hum Destacamento de Cavalaria, a fim de ser empregue na polícia externa da mesma...” 11
JANEIRO 24: Em disciplina e tranquilidade vivem os militares do Depósito de Prisioneiros de Abrantes11. 
FEVEREIRO 7: No Hospital Militar de Abrantes 34 militares: 18 de Infantaria Nº 2, 9 de Artilharia Nº 1, 5 espanhóis e 2 do presídio militar11.)
FEVEREIRO 14: Para gozarem do beneficio concedido pello Regio indulto, de 18 de Junho do anno próximo passado, António de Azevedo Coutinho, solicita ao Ministro do Estado que o informe se todos os indivíduos que tendo desertado antes ou depois de 17 de maio do ano passado e que se acham no Depósito são considerados prisioneiros ou simplesmente apresentados. No mesmo documento o Brigadeiro Governador da Praça informa que todas as praças do mencionado Depozito, se tem comportado em desciplina, e muita Soberdinação, não tendo oucorrido alteração ou novidade11. 
FEVEREIRO 26: Requisição do Corregedor* da Comarca de Tomar, António Alves de Carvalho ao Governador da Praça de Abrantes de uma força militar: O bom Serviço de Sua Magestade El Rey, o Senhor Dom Miguel Primeiro, e a tranquilidade, e socego Publico, da Vila da Ponte de Sôr, exige que eu rogue a S. Exª, o auxilio de hum Destacamento… para aquella mesma Villa, por algum tempo, a fim , não só , de me fazer prender o Vigario Vicente Xavier Borba, AntonioRodrigues Pelado, Ignacio Marrêta estalajadeiro, Manuel da Roza, Francisco da Silva, e António Mendes, todos d’ali, e pernunciados, em Devassa de Rezistencia, ás Justiças do Mesmo Augusto Senhor; mas também, de procurar, o socego, e bem estar, de alguns habitantes que por môr d’aquelles amotinadores, se virão ne perciza necessidade, de abandonarem  seus lares, e famílias…Nas ordens que V. Exª der/em segredo/ queira recomendar ao Official, que logo, que estejam vereficadas as prizoens, me dê parte…11  (ver FEVEREIRO 28). 
*Corregedor: Antigo magistrado cujas atribuições eram semelhantes às do actual juiz de Direito.
FEVEREIRO 28:Por requisição do Corregedor da Comarca (Tomar), Brigadeiro Governador da Praça de Abrantes, António de Azedo Coutinho, manda marchar para a Ponte de Sor um destacamento de 24 militares11. 
MARÇO 13: Sob escolta, militares Rebeldes dos mais diversos Corpos do Exército e outros prisioneiros que se encontravam com baixa no Hospital de Peniche, entram no Depósito de Abrantes11. 
MARÇO: Grandes movimentações militares desguarnecem a Praça de Abrantes. Governador oficia a movimentação de forças para serviço nesta Vila11. 
MARÇO 10: Para prestar serviço, uma força de 37 militares do Regimento de Milicias de Tomar chega à Praça de Abrantes11. 
MARÇO 17 - EXPEDIÇÃO AÇORES: ”Mapa da Força” do 1º Batalhão do Regimento de Infantaria Nº 20 (Abrantes) que marcha na “Expedição” às Ilhas dos Açores11: 
MAPA DA FORÇA
1º BAT.
Ten.Coronel
1
Major
1
Ajudante
1
Brigadas
1
Porta Bandeira
1
Capellão
1
Mestre  Muzica
1
Muzicos
13
Tambor Mor
1
Pifano
1
Capitães
3
Tenentes
3
Alferes
3
1ºs Sargentos
6
2ºs Sargentos
6
Furrieis
3
Tambores
4
Cabos, Ansp e Sold.
290
TOTAL
340
Cavalos
3
MARÇO 20: Chega à Praça de Abrantes o 2º Batalhão do Regimento de Infantaria Nº 20. Milícias de Alcácer, Castelo Branco e Tomar são “despedidas” e regressam aos seus lares. Por mais alguns dias, para descanso do 2º Batalhão fica a Milícia da “Louzam”11. 
MARÇO 23: Destacamento de Artilharia Nº1 é reduzido a número de 36 praças. Para Lisboa, a unirem-se ao seu Corpo, marcharam 52 praças de Inferiores e Soldados11. 
MARÇO 24 - EXPEDIÇÃO AÇORES: Cirurgião Mor José Silverio de Faria Torres requisita depozitos de cirurgia, e roupas, que são necessários para fornecer o 1º Batalhão do Regimento de Infantaria Nº 20, expedicionário para a Ilha Terceira11. 
MARÇO 28: Em conformidade com as Ordens Reaes, objectos de Artilharia são enviados da Praça de Abrantes para o Arsenal Real do Exército11: 
Governo da Praça de Abrantes
#
Relação dos Objectos de Artilharia que dos Armazens desta Praça gorão remetidos ao Arsenal Real do Exercito, na conformidade  das Reaes Ordens.
#
Peças de ferro de Cale18 ..…………………….……… 6
Reparos para ditas ………………….……….……… 10
Ballas do mesmo cale…………………………..…. 7.130
Armão para os dittos Reparos ..……………..….... 1
Tacos de fas…(!) do ditto cale……………….….. 1:410
Reparos de raios da antiga construção
pa obuses de 7 e ½ polegadas ..………….………...… 1
Armão do mesmo ...………………………………….… 1
Granadas de 7 polegadas e 2 linhas ……….…. 400

Quartel General na Praça de Abrantes 28 de Março de 1829
Antonio de Azevedo Coutinho
Coronel Gov.
AHM
ABRIL 2: Extinto o Regimento de Cavalaria Nº 11 (Castelo Branco), todo o material em Depósito é enviado sob escolta para Abrantes pelos soldados do Regimento de Cavalaria Nº 811. 
Nota: Devido à chuva, por se encontrarem intransitáveis as estradas e ter de passar três rios que não dão “vao”*, o material a transferir é embarcado por terra até ao Porto de Vila Velha e deste até ao Porto de Abrantes.
*Vao=vau: Lugar no rio ou no mar, cuja profundidade permite que se atravesse a pé ou em um cavalo.
ABRIL 6: Em representação do Povo da Vila de Abrantes, Isidoro d’Almada e Castro, Brigadeiro de Artilharia, Procurador da Câmara de Abrantes e Brigadeiro graduado Joaquim José Maria de Sousa Tavares, fazem um veemente discurso para D. Miguel, felicitando a sua Majestade por ter reassumido os seus direitos ao trono português, prestão votos de fidelidade e entregam a El-Rei uma relação dos oficiais da Câmara, jovens nobres, senhoras e reverendos padres que assistirão à Festa que a Câmara de Abrantes mandou fazer no dia 1 de fevereiro, em Acção de Graças pelo restabelecimento da sua Preciosa Saúde, implorando a graça de lhes permitir usarem a “Medalha da Sua Real Efigie”11. 
Medalha da “Real-Efigie”
          
                                            Frente                                                                          Verso
NOTA: El-Rei manda dizer à Câmara, estar certo da fidelidade dos propostos e que podem usar a “Medalha da Real Efigie” em o lado direito de seus peitos, pendentes em fita azul ferrête, e escarlate, o presidente da Câmara, a Câmara, seus representantes, Officiaes d’Ella, da Fazenda, de Justiça, as tres Senhoras D. Maria Joanna de Vasconsellos e Almada, D. Maria da Luz Almada Castro Gama Freire e Sousa, D. Maria Guilermina de Mello Vasconsellos HawKins e o Clero que assistio à Festa da Função de Graças do 1º de Fevereiro do corrente - total 53 medalhas (in fala que fez Procurador da Câmara da Vila de Abrantes Isidoro d’Almada e Castro em presença de El-Rei D. Miguel I).
ABRIL 12: Das tropas rebeldes que se evadiram para a Galiza, vindo de Lisboa entrou no Depósito de Prisioneiros de Abrantes o Soldado Manuel Moure do Regimento de Artilharia Nº 411
ABRIL 23: Governador António de Azevedo Coutinho manda proceder a “Concelho de Averiguações” por dois militares (oficiais) desta Praça, insultarem os Reverendos padres José Manuel Ferreira da Colegiada de S. Vicente e Joaquim Filipe de Lopo da Colegiada de Santa Maria do Castelo. 
MAIO 3/4: EXPEDIÇÃO AÇORES - Reservas de “cartuchame embalado” destinados aos expedicionários do Batalhão do Regimento de Infantaria Nº 20 destacados no Açores seguem na Nao D. João 6º11
-Relação das mulheres casadas com Officiaes Inferiores e praças de Pret do 1º Batalhão do Regimento de Infantaria Nº 20, residentes em Abrantes, que por Graça de Sua Majestade lhes concede vencerem rações d’etape durante a separação de seus maridos na Expedição às Ilhas dos Açores11.
1ª Companhia de Granadeiros
Posto
Nome dos Militares
Nome das Mulheres
1º Sargtº
António de Simas
Thereza Candida de Sé
Anspeçada
António Rodrigues
Anna Francisca
Soldado
Manoel Antonio
Joaquina Maria
Soldado
Jozé Godinho
Silveria Rosa
1ª Fuzileiros
Sarg.Ajud.
Estevão Franc. de Souza
Anna Joaquina de Souza
(!)
Manuel da Sª Sanches
Antonia Maria do Canto
Muzico
Marsello Guterres
Anna da Estrela Paredes
Jozé Maria
Florinda Maria (!)
João Lopes da Silva
Izabel do Carmo
Jozé Lopes Perdigão
Maria da Conceição Perdigão
(!) Mor
Jozé Pinto
Maria Joanna
Pifano
Jozé Francisco
Eufraria Maria
2º Sarg.
Bernardo Antunes
Anna Roza da Silva
Cabo
Manoel C. dos Santos
Genoveva Roza
Soldº
Sebastião Marques
Anna Rodrigues
Joaquim de Mello
Constancia Roza
Antº Marques Aguiar
Maria da Conceição
3ª Fuzileiros
Soldado
Francisco Lucas
Maria Pereira( Rio Moinhos)
João Alves
Roza Maria
5ª Fuzileiros
Soldado
Jozé Dias
Mariana Thereza (Mouriscas)
Manoel Antonio
Joanna Clara
João Maria Sequeira
Maria Monica
Jozé António
Francisca Rita
7ª Fuzileiros
1º Sargtº
Jozé Antº Ourique
Joanna Maria
2º Sargtº
Manoel Alves
Maria Leonor Valente
Cabo
Manoel Callado
Maria Alves
Ansp.
Bento Gomes
Cazemira Roza
Soldº
Francisco Marques
Caetana dos Santos
Manoel Marinho (!)
Joaquina Carolina
João Antonio
Maria da Conceição
Quartel em Campo de Ourique 4 de Maio de 1829
João Joze Doutel – Tenente Coronel do Regimento de Infantaria Nº 20
MAIO 4: EXPEDIÇÃO AÇORES - Capotes, cobertores, armamento e equipamento necessários às praças do 1º Batalhão do R.I. 20 e mais praças do Reg. Infª 6, 9 e 10 que se juntaram ao 1º Batalhão do 20, a embarcar, são requisitados por Doutel11
MAIO 5: EXPEDIÇÃO AÇORES - Para seguir em Expedição às Ilhas dos Açores, apresenta-se a bordo da Não D João 6º Baltazar Couceiro da Costa, Capitão da 5ª Companhia do Batalhão do Regimento de Infantaria Nº 2011.  À data de seguir ao seu destino, autoriza a Thesouraria Geral das Tropas a pagar 19#200 reis do seu soldo à sua mulher D. Maria Jacinta Veiga residente nesta Vila11.  
MAIO 8: Acusados de Rebeldes/Desertores, 81 militares, pertencentes a Artilharia Nº 4, Cavalaria Nº 6, Caçadores Nºs 3/6/11/12, Infantaria Nºs 3/6/9/10/18 e Milícias de Guimarães são embarcados Porto/Lisboa, no navio “Oceano”, tendo como destino o Depósito de Prisioneiros de Abrantes11. 
MAIO 11: Por volta das seis e sete horas da tarde, vindo de Arenjuez (Espanha) de onde saiu a 8 de Abril, chega ao Porto do Tejo (Abrantes) o barco Antonelli. O Comandante D. Agostinho Marco Artu, apresentou ao Governador da Praça o legal e original passaporte com as armas reais de Espanha e Portugal, bem como a Gazeta de Lisboa Nº 109 de 9 de Abril com a narração do inicio da viajem. Ao Conde Barbacena Francisco, António de Azevedo Coutinho refere ter duvidas que a embarcação, pela sua construção e falta de vela, navegue em águas de maré11. 
Nota: Em Setembro de 2017 a “História Militar de Abrantes” publicou o anexo A e B sobre a “A  NAVEGABILIDADE DO RIO TEJO”, a exploração das suas margens e as experiências realizadas no seu leito entre Espanha/Abrantes/Lisboa e Lisboa/Abrantes/Espanha. A viagem de Marco-Artu no Barco Antonelli, a que se refere António de Azevedo Coutinho não foi publicada. Para uma melhor compreensão das dúvidas apresentadas à época pelo Governador da Praça de Abrantes, publica-se na integra a viagem desde Aranjuez até à Vila de Abrantes:
O Barco Antonellí
Antes de dar noticia ao publico das occorrencias desta viagem cumpre fazer-lhe saber, que a navegação do Barco Antonelli não tem por objecto fazer nenhuma prova do que se intenta verificar no Tejo, pois para, isso seria indispensavel preparar as suas margens, e tambem proporcionar a D. Agostinho Marco Artu, seu constructor, e aos seus collaboradores, D. José Maria Brost, e D.Nicoláo del Hiero, os meios de desempenhar os encargos que se lhes confiárão, e que comprehendem as instrucções, que se lhes derão com este objecto.
Dia 8 de Abril, 1.ª da viagem. Ás duas horas e meio da tarde, e entre as acclamações dos habitantes de Aranjuez, largou o Barco Antonellí do lugar em que fôra lançado á agua, mais abaixo de Ponte Verde do dito Real Sitio, e pelas cinco horas da tarde chegou ao lugar de nominado Vado de los Arenales, onde determinou fundear para passar a noute, por causa do grande temporal de vento que começou pelas quatro horas da tarde, e durou até depois de haver anoutecido.
Dia 9 de Idem, 2.° da viagem. Emprehendeo de novo o Barco Antonellí a sua viagem pelas 6 horas e hum quarto da manhã, e tendo chegado á Ponte d'Ateca, se vio que não podia passar por debaixo della etn consequeacia da elevação das aguas do rio. Nesta situação imaginou o Constructor Marco Artu desarmar o camarote do Barco Antonelli, e depois de 5 horas que custou esta operação, passou sem difficuldade por debaixo da mencionada ponte e até pôde o Barco chegar á altura de Velilla,onde fundeou no dia seguinte.
Dia 10 de Idem, 3.° da viagem. Bem cedo emprehendeo o Antonellí a sua navegação; passou com facilidade a preza dos moinhos de Higares, ou de Cerralbo, e chegou a Toledo, ás duas horas da tarde, onde foi recebido com enthusiasmo e vivas acclamações pelos seus habitantes, e muito especialmente pelo seu digno Corregedor D. Antonio Navarro. Na viagem deste dia foi o Antonellí acompanhado por grande numero de habitantes das povoações immediatas, que o hião seguindo ao longo das margens do rio.  -
Dia 11 de idem, 4.° da viagem. Empregou-se este dia na passagem das prezas das immediações de Toledo, taes como a do Corregedor, de S. Servantes, de Saheliccs, e outra de bastante difficuldade, tudo á vista dos habitantes daquella Cidade, que virão com particular interesse o beneficio que El Rei Nosso Senhor se propõe fazer aos seus povos por meio desta navegação, e que admiravão a resolução o intrepidez de Marco-Artu, e mais navegantes. O Corregedor de Toledo os auxiliou eficazmente na passagem das prezas, facilitando-lhes, os meios necessarios para que esta operação não tivesse o infeliz exito que tivera outra igual em 1793, em que por impericia occorrêrão desgraçados accidentes.
Dia 12 de idem, 5.° da viagem. O tempo não permittio até ás 11 horas da manhã o emprehender-se a manobra de passar a ultima das prezas das immediaçoes de Toledo que chamão perigosas, cuja passagem se verificou com toda a felicidade, e á vista de numerosos espectadores que sahírão da Cidade para a presencear. O temporal de vento e chuva, que sobreveio logo depois do meio dia, obrigou o constructor Marco-Artu, a annuir ás instancias que lhe fez o Corregedor de Toledo para que não continuasse a viagem até o seguinte dia.
Dias 13 e 14 de idem, e 7.° da viagem. Continuou o temporal, e particularmente de vento, por cuja razão determinou o constructor a instancias do dito Corregedor de Toledo não continuar a viagem, e aproveitar estes dias para reparar o barco que carecia de algum concerto em consequencia da sua passagem pela ponte de Ateca, e salto das prezas.
Dia 16 de idem, 8.° da viagem. Nesta manhã salvou o barco as prezas immediatas á ponte de S. Martinho de Toledo, e ao passar a ultima rachou huma taboa do casco do Antonelli, em consequencia do que foi necessario suspender a navegação para verificar o reparo necessario que se realizou no mesmo dia.
Dias 16 e 17, e 10.° da viagem. Permaneceo o Antonelli fundeado mais abaixo de Toledo por ter o Corregedor daquella Cidade manifestado a D. Agostinho Marco-Artu, que seria conveniente a navegação tanto pelas festividades, como pelo temporal de chuva que causava grandes desastres no rioAG338.
(Extracto do Correio de Madrid – publicado na Gazeta de Lisboa Nº 109 de 9 de Abril de 1829)
MAIO 21: CONFIDENCIAL – Illmº Snr – Sirva-se Vsa mandar proceder ás mais exactas , e particulares averiguações, para saber se tem ocorrido no Deposito algum dito, ou noticia atterradora, e revolucionaria, tendo toda a vigilancia, e mandando passar repetidas revistas aos Quarteis das divizões, e prizões, a ver se encontram papeis, ou correpondencias, e dando as suas ordens confidenciaes a este fim, para serem castigqados os cumplices, que tenhão perpretado tão horrendos crimes.
Quartel General de Abrantes 29 de Maio de 1829
António de Azevedo Coutinho – Brigadeiro Governador11
MAIO 22/24/26: Depósito de Prisioneiros de Abrantes recebe mais 66 militares11: 
Depósito de Prisioneiros
de Abrantes
-
Artilharia
13
Cavalaria
8
Caçadores
7
Infantaria
36
Milícias Guimarães
2
TOTAL
66
JUNHO 10: No grande Depósito de Prisioneiros do Copnvento da Esperança são cantados “Hinos Constitucionais”. Dois dos miltares envolvidos são enviados para a Cadeia do Castelo e fechados em quarto dentro da prisão. 
JUNHO 19: Corpo da Guarda Real da Policia do Porto envia para o Depósito de Prisioneiros de Abrantes 6 militares desertores/rebeldes11. 
JUNHO 19: Previamente escolhidos, saíram embarcados desta Praça para prestarem serviço no Regimento de Cavalaria Nº 7 e 1, quarenta e oito prisioneiros rebeldes11. 
JUNHO 21/23: Governador Interino de Abrantes, Coronel José António Vidigal recebe ordens Reaes para o Brigadeiro António de Azevedo Coutinho, Capitão agregado do Regimento de Milícias de Castelo Branco José Sebastião de Almeida Beja e o Capitão agregado a esta Praça Verissimo Alvares da Silva* se apresentarem em Lisboa no Quartel General de S. A. Real.
* O Capitão agregado a esta Praça Verissimo Alvares da Silva, não se tem apresentado para lhe intimar as Ordens por estar auzente do lugar da sua rezidencia…11 na Aldeia de Rio de Moinhos (Ver JULHO 19). 
 JUNHO 26: Militares do Depózito de prisioneiros, que diariamente auxilião o detalhe, e serviço da Guarnição (R.I. Nº 20):
Guardas
Praças
Reforço a Guarda
 Principal, ou Prezidio
12
Ao Tejo do Norte
6
Stª António
6
Barca
3
Quinxozos
3
Ferraria
3
Chafaris
3
Somma
36
NB.O Reforço da Guarda Principal, que actualmente he no Quartel dos Prizioneiros, he fornecido pelos Melicianos de Thomar.
Os Soldados dos diferentos Corpos fornecem as Guardas das Portas, e a Companhia de Veteranos dá os alvorados, para os Commandar.
O Serviço, tem sido feito com a maior regularidade, e disciplina, não tendo ocorrido falta nas Praças do Depozito qu são detalhadas diariamente para o Serviço da Guarnição.
São empregados diariamente, as Ordens, e Serviços da Guarnição dois ex Sargentos de Melicias de Thomar11
JUNHO 27: No Depósito de Prisioneiros de Abrantes encontram-se 620 militares* e 2 civis11. 
* No calabouço estão 90. Os presos que fazem serviço diário sob escolta, recebem gratificações de serviço11.
JUNHO 27: Dos 498 militares do 2º Batalhão do R.I. Nº 20, apenas se encontram em estado efectivo 38311
JUNHO 27: Governador da Praça de Abrantes, António de Azevedo Coutinho, dá Informação circunstanciada, e verídica, sobre cada hum dos Artigos que Contem, a anonima, que foi prezente ao Mesmo Augusto Senhor; ficando bem persuadido, que á vista do meu Informe, Sua Magestade, se convenserá , da falsidade, com que Mão oculta, pertende manchar o Creditto de Vassallos, e Authoridades, que o seu Timbre he, Fidelidade, Amor, e Vassalagem, a El Rey Nosso Senhor, o Senhor Dom Miguel 1º11. 
Nota: Indivíduos desligados do serviço por falta de afeição ao regime, sacerdotes insultados no Rocio desta Praça por trazerem ao peito Real Efigie de Sua Majestade, falar mal do governo e gozarem de toda a liberdade, presos que vieram do Depósito de Peniche/Cascais a ganharem 260 reis e o triste soldado pronto para todo o serviço a ganhar 60 reis, prisão em Rio de Moinhos por uma força do Regimento 20 de Manuel Francisco de Sousa com loja de mercearia em Abrantes desde 1824. Estes e outros assuntos, encontram-se numa carta anónima dirigida ao Governador da Praça de Abrantes António de Azevedo Coutinho. (Por extensa (12 páginas), não reproduzimos o seu conteúdo. Se algum leitor mostrar interesse pela mesma, o autor do blog facultará o texto integral dessa mesma carta bem como todo o processo referente ao caso).
JUNHO 29: O extinto Depósito de Stº Ovídio envia para o Depósito de Prisioneiro de Abrantes 3 praças desertoras/rebeldes11.
JULHO 1: Tenente Coronel Luiz Deodato Pinto de Souza, Comandante do Depósito de Prisioneiro de Abrantes, recebe Ordens de El Rey Nosso Senhor para dispôr à disposição de Infantaria Nº 20 e Infantaria Nº 8, todas as praças de Infantaria Nº 6/10/18, a fim de cada um dos comandantes poder escolher o número de 60 praças para o respectivo Corpo, recaindo a escolha nos que tiverem as circunstâncias declaradas nas Reaes Ordens. O mesmo se executará para o Regimento de Artilharia Nº 3 com a escolha de 20 praças11. 
JULHO 1: Em consequência dos Voluntários Realistas não poderem continuar o serviço de polícia, os milicianos serem poucos e o Corregedor da Comarca da Vila de Tomar não confiar neles, este, pede um destacamento de Caçadores Nº 8 ou Infantaria Nº 20 para manter a guarda da cadeia de Tomar onde se encontram os presos por motivos políticos ou que os mesmos sejam enviados para a Praça de Abrantes11
JULHO 14: AVIZO da Secretaria de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça ordena ao Intendente Geral da Policia que os presos políticos na cadeia de Tomar sejam transferidos sob escolta militar para a de Abrantes11. 
JULHO 15: Por ordem do Conde de S. Lourenço, Intendente Geral das Policias manda que presos por crimes políticos da Cadêa de Thomar sejam transferidos para a Cadêa da Praça de Abrantes11
JULHO 19: Escondido, e pelas proximidades desta Praça, o Capitão Estado Maior do Exército Veríssimo Alves da Silva, morador em Rio de Moinhos, não se apresenta ao Governador Interino para este o mandar apresentar no Quartel-general de Sua Majestade (Lisboa) 11. 
JULHO 28: Manuel Joaquim da Fonseca do Avelar, Capitão-mor de Ordenanças de Abrantes10. 
JULHO 29: Comandante em Chefe do Exército remete ordens para o Depósito de Prisioneiro de Abrantes mandar apresentar aos respectivos comandantes, todas as praças de “Pret” do Regimento de Milícias de Tomar11
JULHO 31: Pelo Comandante dos Exércitos é indeferida a pretensão de dar 20 reis de subsídio diário às praças do 2º Batalhão de Infantaria Nº 20. Em seu lugar, devem as praças do referido corpo arranjar horta, medida que vai melhorara e ser de muita utilidade às praças que a arranjão. 
AGOSTO 4: Governador de Abrantes, António de Azevedo Coutinho, recebe ordens do Marquês de Tancos para receber no Depósito desta Praça duzentos, e tantos prisioneiros que se achão no Depozito da Torre de Outão11 (ver AGOSTO 24). 
AGOSTO 5: Na eminência de trovoadas e fortes chuvas, muito frequentes na Vila de Abrantes, e face ao risco para os moradores, Governador Coutinho requer a urgência de se contruirem “conductores nos Payoes” da Praça de Abrantes11.
AGOSTO 11: EXPEDIÇÃO AÇORES - Lista das tropas “miguelistas” do 1ºBatalhão do Regimento de Infantaria Nº 20*, naturais de Abrantes, mortos, feridos e prisioneiros na decisiva acção militar na Vila Praia, na Ilha Terceira de 11 de Agosto de 182911
Capitão, Joaquim Henriques Lobinho
Natural de Abrantes - ferido com gravidade
Cabo, Manuel Correia dos Santos
Natural de Abrantes – Prisioneiro ou morto
Soldado, João Pires da Silva
Natural de Abrantes – Prisioneiro ou morto
Soldado, Manuel Martins
Natural da Lercas – Prisioneiro ou morto
Soldado, Luís Alves
Natural das Mouriscas – Prisioneiro ou morto
*As reservas de cartuchame embalado para o 1º Batalhão do Regimento de Infantaria Nº 20 seguiram para a Ilha de S. Miguel na “Nau” D. João VI.
-Relação das famílias dos militares do 1º Batalhão do Regimento de Infantaria Nº 20 com residência em Abrantes, que ficaram a receber pela pagadoria parte do vencimento durante a expedição às Ilhas (Açores)11: 
Abrantes
28 famiílias
Abrançalha
1 família
Rio de Moinhos
1 família
Nota: O “Jornal de Alferrarede na sua Edição Nº 292 fevereiro de 2010, publicou o artigo “Abrantes Militar – Telegrafo de Ciera”. Na data da publicação do artigo, o autor desconhecia que o “TELÉGRAFO DE CIERA”, o mesmo modelo utilizado na Torre do Castelo de Abrantes foi utilizado na grande Batalha da Vila da Praia em 11 de agosto de 1829. Raramente visto em figuras, de autor desconhecido – ano 1830, pode-se ver na Vila da Praia o Telégrafo de CIERA (ver figura - Telégrafo de CIERA - Batalha Vila da Praia – 11 Agosto 1829).
"AOS / HERÓIS / DE 11 DE / AGOSTO / DE / 1829",
Estátua autoria - Abraham Abohbot

Batalha Vila da Praia – 11 Agosto 1829 e Telégrafo de CIERA 

Posição dos navios da esquadra portuguesa na bahia da Vila da Praia - Ilha 3ª
BN http://purl.pt/1689/3/
Nota: Nesta figura podemos ver o nome da nau D. João VI que transportou as reservas de cartuxame ao R.I.Nº 20 (Abrantes) bem como os 1.391 tiros lançados sobre a Ilha Terceira. Na mesma figura a localização do "telégrafo de CIERA" na planicie da Mal-merenda.
AGOSTO 17: Marquês de Tancos comunica ao Governador de Abrantes que expediu ordem ao Comandante do Depósito de Prisioneiros de que um Oficial do Regimento de Cavalaria Nº 7 irá escolher de todos os soldados de Infantaria que se acham no dito Depósito, 19 praças para continuarem no serviço do R.C. Nº 711. 
AGOSTO 17/20: Tenente Coronel João Wager Russell da Prisão Militar do Porto entrega no Depósito de Abrantes o Soldado Rebelde de Infantaria Nº 6, Domingos Soares Balio11.  Do Castelo de S. Jorge, entrarão no Depósito de Prisioneiros de Abrantes 6 praças (3 de Artilharia, 2 de Caçadores e 1 de Infantaria) 11. 
AGOSTO 24: Do Depósito da Torre de Outão, escoltados por uma força do Regimento de Milícias de Setúbal, chegam ao Depósito de Prisioneiro de Abrantes 159 praças11. 
AGOSTO 25: Por perdão Real, Oficiais Inferiores e Praças da 4ª Companhia do Regimento de Milícias de Tomar, presos no Depósito de Abrantes por “devassa de rebelião”, voltam às suas casas11. 
AGOSTO 26: Dos 113 prisioneiros rebeldes que se encontram no Depósito de Prisioneiros de Abrantes, 88 gozão do perdão real, 10 continuam na mesma presos, 1 aguarda remoção para o Quartel-general, 1 por ser paisano é expulo do Depósito e 1 declara estar unido aos rebeldes11. 
AGOSTO 31: Comandante do Depósito de Prisioneiros estabelecido na Praça de Abrantes comunica ao Governador da Praça a ordem que recebeu do Marques de Tancos para libertar da prisão militares que prestarem vassalagem e fidelidade ao Rey D. Miguel11
Nota: Para o Depósito de Prisioneiros de Abrantes são enviados os “Liberais” não-alinhados com o movimento militar do Rei D. Miguel. Jurando lealdade e fidelidade ao poder “Absoluto”, estes são escolhidos para continuar ao serviço em outras Unidades militares11
Nota: Por ordem de Sua Majestade El Rei Nosso Senhor, enquanto presos por desafecto ao sistema político todos os militares dos Corpos Rebeldes recebem os soldos a que tem direito.

AGOSTO 31: (Confidencial – Quartel General Paço de Queluz) - A propósito de contrabando de trigo estrangeiro comprado pelo encarregado do Depósito de Campo Maior, do qual consta terem chegado à Praça de Abrantes nos meses de Abril e Maio, setenta moios de trigo foram comprados aos contrabandistas11 (ver SETEMBRO 27)
SETEMBRO: Do Regimento de Infantaria Nº 5 (Estremoz), são transferidos sob escolta, para o Depósito de Prisioneiros de Abrantes 27 Praças11. 
SETEMBRO 2: EXPEDIÇÃO AÇORES - Depois dos combates……, já em Ponta Delgada, João José Doutel, Tenente Coronel do Regimento de Infantaria Nº 20, refere no “Mapa do Estado da Força” ter perdido nos combates da Ilha Terceira, por terem ficado prisioneiros de guerra 83 militares11

SETEMBRO 27: Numa longa carta de quatro páginas o Governador da Praça de Campo Maior, justifica ao Comissário em Chefe do Exército, Domingos José Cardoso a proveniência do Trigo enviado nos meses de abril e maio para a Praça de Abrantes11. 
SETEMBRO 28: Promovido a Capitão da 6ª Companhia de Ordenanças da Vila de Abrantes, Christovão Annes de OliveiraAG337
OUTUBRO 16: Brigadeiro António de Azevedo Coutinho ajuda o Tenente General Inspector Geral das Milícias, Agostinho Luis da Fonseca a escolher e a propor alguns Paizanos para oficiais do Regimento de Milícias de Tomar11. 
OUTUBRO 19: EXPEDIÇÃO AÇORES - Francisco Manuel Couceiro, Tenente Coronel do 2º Batalhão do Regimento de Infantaria Nº 20 remete para o Marquês de Tancos relação dos oficiais destacados na Ilha dos Açores11. 
DEZEMBRO 9: Vicente Martins Caldeira, Capitão da 3ª Companhia de Ordenanças de Abrantes10. 
 10Nuno Gonçalo Pereira Borrego – Ordenanças e Milícias de Portugal.
11AHM
56 Fala que fez Procurador da Câmara da Vila de Abrantes Isidoro d’Almada e Castro em presença de El-Rei D. Miguel I.
AG337Gazeta de Lisboa