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1º DE DEZEMBRO DE 1640 e D. MIGUEL DE ALMEIDA

1º DEZEMBRO 1640
Os heróis
Regia Portugal a viúva Duquesa de Mântua, que tinha por seu secretário Miguel de Vasconcelos, sendo chamado para secretário de Estado em Madrid o ambicioso Diogo Soares de Albergaria. As opressões e as tiranias cresciam, mas a gloriosa revolução de 1640 ia sacudir o jugo castelhano, contra o qual conspiravam os portugueses. Os chefes da conspiração eram 40 fidalgos, entre os quais se distinguiam o doutor e secretário do Duque de Bragança, João Pinto Ribeiro, D Antão Vaz de Almada e D. Miguel de Almeida*; tão prudentemente a organizaram, que no dia 1.° de Dezembro de 1640, acompanhados do povo, pelas 9 horas da manhã se dirigiram ao Terreiro do Paço, invadiram o palácio, desarmaram as guardas castelhanas e aclamaram rei de Portugal o oitavo Duque de Bragança, D. João, que se achava em Vila Viçosa.
A reunião dos conspiradores no palácio de D. António Vaz de Almada
O TRAIDOR
Miguel de Vasconcelos, avisado do tumulto, escondeu-se num armário, mas, sendo pressentido pelos conjurados, estes lhe atravessaram o pescoço com duas balas. O seu cadáver foi lançado por uma janela, e o povo correu sobre ele, arrancando-lhe depois as barbas e os olhos, e arrastando o seu cadáver pelas ruas.
Quanto à Duquesa de Mântua, foi mandada recolher ao convento de Santos.

*Fidalgo português, 4º conde de Abrantes, foi um dos principais conspiradores do golpe que possibilitou a restauração da independência nacional em 1640. Participou no assalto ao Paço da Ribeira, deu o sinal para a revolta com um tiro de pistola e veio à janela perante o povo aclamar D. João IV.


Abrantes deu o seu nome a uma das ruas mais antigas da cidade.

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