AZENHAS DO TEJO
Por José Manuel d’Oliveira
Vieira
À época medieval o
grande número de engenhos de moagem construídos no Rio Tejo – Abrantes, contribuíram
significativamente para a economia deste concelho.
Em atenção aos
serviços pelos antepassados de D. Lopo de Almeida (1468), “foi permitido, tanto
ele como a seus herdeiros e sucessores, que fizessem no Rio Tejo, em Abrantes e
todos os seus termos, tanto numa como noutra margem, quaisquer engenhos de moendas
que lhes aprouvesse asy sobre barquas,
como por qualquer maneira”.
A construção de uma moenda=(moinho)(a) dependia essencialmente de um
local apropriado para apoiar o engenho. Nas margens do Tejo, entre Alvega e Rio
de Moinhos não era muito difícil encontrar um penedo onde apoiar um moinho.
Para os historiadores fica o
aprofundar da história das modalidades dos contratos, das azenhas, moinhos ou
moendas como cada um queira designar.
Este trabalho destina-se única e
simplesmente dar a conhecer os engenhos de moagem e respectivos
detentores, no século XVI(b), bem como algumas fotos de locais onde outrora
existiram alguns desses moinhos:
Data
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Beneficiário
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Engenho
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Local
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14-7-1496
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Mecia de Queiros, mulher d fernão Pereira, escudeiro de
D. Afonso V
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azenha
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Abrantes
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28-5-1522
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Francisco Álvares
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azenha
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Abrantes
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22-2-1528
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Jorge Ferreira, filho de Mecia Queirós
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azenha
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Abrantes
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8-7-1540
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Francisco Ferreira
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azenha
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Abrantes
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Alvega - local ainda reconhecível
onde existiu um moinho no Rio Tejo
Abrantes 2015 – vestígios de dois moinhos junto à ponte rodoviária
Abrantes 2015 – repare-se no
quebra-mar com a finalidade de aguentar a pressão da corrente a montante
(a)Moenda, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.
(b)Documento das chancelarias régias.
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