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ABRANTES DE ONTEM E DE HOJE... (II)

A TODOS OS QUE SE INTERESSAM EM SABER COMO ERA "ABRANTES DE ONTEM E DE HOJE...
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JARDIM DA REPÚBLICA - Chamou-se Terrado da Feira e Largo da feira. Aqui se faziam corridas de touros (existem fotos da época). Em 1863 passou a designar-se por Praça do Príncipe Real D. Carlos Fernando. Em 1910, passou a designar-se Jardim da República. Nas fotos. pode ver-se o "coreto", uma "vista do largo" o antigo "Regimento de Infantaria Nº 2" e um típico "quiosque", bem perto do lugar onde actualmente se encontra um bem mais moderno. No lugar onde foi contruído o "coreto", existia um poço. Com a demolição do "coreto", foi ali erguido o "Monumento aos Mortos da Grande Guerra", inicialmente projectado para o Outeiro de S Pedro.

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AVENIDA 25 DE ABRIL (I) - Ontem Estrada Nacional 2-4, hoje Av. 25 de Abril por deliberação da Câmara Municipal de Abrantes em reunião de 2 de Outubro de 1974. No que ontem era uma pequena quinta, um alferrabista e uma estação de serviço foi construído um conjunto de edifícios designado por Largo do Chafariz.
AVENIDA 25 DE ABRIL (II) - Era uma das muitas tabernas existentes em Abrantes. O seu proprietário "Manuel da Praça" era um conhecedor profundo das plantas medicinais. O edifício onde servia as refeições foi demolido: no seu lugar foi construído o Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa.

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RUA DE Nª Sª DA CONCEIÇÃO (Antiga Rua do Cabo) - Era uma ribanceira antes de ser construída a muralha que se vê na foto à esquerda. No local, foi edificado propositadamente para o fim a que se destinava o Grémio da Lavoura de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação. Inaugurado a 24 de Janeiro de 1961, o edifício actualmente alberga o Serviço de Finanças de Abrantes.
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ESPLANADA 1º DE MAIO - Neste Largo encontra-se actualmente: Tribunal e Posto de Turismo de Abrantes, um quiosque para venda de jornais/revistas e ainda a praça de Táxis. Outrora (1817) existia uma frente de “fornos” no local. Após obras (foto esq.), passou a realizar-se a feira anual e o mercados semanal. Anteriormente a Feira de S Matias era realizada no largo onde se encontra o Monumento aos Mortos da Grande Guerra. Em 1941 teve este local o nome de esplanada Dr. António Augusto Silva Martins. Actualmente designa-se Esplanada 1º de Maio desde 1976.
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LARGO DE STª ANA I - Ruas Actor Taborda e Marquês de Pombal. Na bifurcação destas duas artérias a dar para o Largo de Stª Ana, pode-se ver (ao centro), o edifício onde, em 1884 Alfredo A. das Neves Holtreman estabeleceu a Tipografia Abrantina e publicado o independente “Jornal de Abrantes”. Veja-se nas fotos o referido prédio (nº 2) antes e em demolição.
LARGO DE STª ANA II - No local onde funcionava a Tipografia Abrantina, antiga Rua da Corredoura, actual Largo de Stª Ana, nasceu o prédio que se vê na foto de hoje.... Como curiosidade refira-se que o Dr. Alfredo Augusto das Neves Holtreman, 1º e único Visconde de Alvalade, fundou no nº 2 da antiga casa (demolida), o “Jornal de Abrantes”. Este ilustre bacharel, formado em direito, abastado proprietário, foi quem cedeu o terreno onde foi talhado o primeiro campo de jogos do Sporting Clube de Portugal, foi presidente da primeira direcção do clube e fez parte do núcleo dos seus fundadores.
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CONVENTO DA GRAÇA (I) - Foi Rua da Graça por aí se encontrar o Convento de N. Sr.ª da Graça. Tanto quanto se sabe, foi este Convento concluído no ano de 1548.
Em sessão da C.M.A., no dia 26 de Agosto de 1908, passou a rua da Graça a designar-se por Rua 17 de Agosto de 1808, por ser esta a data que assinala a expulsão das tropas francesas que ocuparam Abrantes em 23 de Novembro de 1807.
(Topónimia Abrantina – Eduardo Campos)
CONVENTO DA GRAÇA (II) - Em 1941, o Dr. Rogério Ribeiro fez um desenho que nos mostra o aspecto que teria o Convento de Nossa Senhora da Graça, antes da sua demolição.
Poucas ou nenhumas fotos existirão deste Convento. A única referência fotográfica conhecida deste Mosteiro é a que se encontra em antigos postais de Abrantes, como o que se encontra à direita da Placa Toponímica.

LIGA DOS AMIGOS DE ABRANTES

Por José Manuel d'Oliveira Vieira
LIGA DOS AMIGOS DE ABRANTES
“TRÊS HOMENS… TRÊS DEDICAÇÕES”

Após a aprovação do Estatutos em 10 de Novembro de 1949, pela comissão organizadora da Liga dos Amigos de Abrantes, tomaram posse no Salão Nobre do Montepio Abrantino (cedido para o efeito) os primeiros directores, os senhores Rogério Ribeiro, licenciado em farmácia, Roberto Palma, industrial de ourivesaria e Humberto Inácio Ferreira, chefe aposentado dos serviços dos C.T.T.
Em 30 de Junho de 1950, a Comissão Organizadora entregou os seus poderes à primeira Direcção assim constituída: presidente, Major António Joaquim de Oliveira Bandeja, secretário, Humberto Inácio Ferreira, tesoureiro, Joaquim Montes Alves, vogais, Rogério Ribeiro e Manuel Rodrigues Paquete Machado.
Estes esforçados elementos directivos, numa verdadeira comunhão de ideias, vêm prosseguindo activamente no desenvolvimento e progresso do concelho, em benefício do qual consagram os seus trabalhos. Nesse sentido, impõem como meta chamar a atenção dos portugueses para as maravilhas que o concelho de Abrantes encerra, quer do ponto de vista paisagístico, quer histórico.
Um dos primeiros cuidados da Liga dos Amigos de Abrantes foi elaborar bons prospectos de propaganda regional que espalhou pelo País inteiro, chamando a atenção para a “Cidade Florida”, título com toda a justiça conquistada há anos, devido à formosura inigualável dos seus jardins.
A forma como os dirigentes da L.A.A, propagaram por todo o País a sua terra incluiu Abrantes nos itinerários nacionais, aumentado assim o número de forasteiros a visitar a cidade.
Embora já tivesse existido em Abrantes, no ano de 1887 uma “Biblioteca Popular”, mais tarde “João de Deus” e anos mais tarde (1889) ter sido criada a “Biblioteca Escolar de S. Vicente”, a Liga dos Amigos de Abrantes faz nascer um novo conceito de leitura ao “ar livre”. Assim, em 1951, conjuntamente com o concur­so da JANELA MAIS FLORIDA, inaugurou-se no Jardim da Pra­ça da República a "primeira Biblioteca Popular ao ar livre", com a presença do Exmº Presidente da Câmara, entidades oficiais, enquanto a Banda da Sociedade Instrução Musical, tocava núme­ros do seu repertório.Não tendo sede própria, decididos a promover mais e melhor o progresso da sua terra, no mês de Julho do ano de 1953, a L.A.A. instala-se na Rua Dr. Martins de Carvalho nº 1-A, sua primeira sede. Anos mais tarde muda-se para a sua 2ª e última sede, na Praça Raimundo Soares, onde prematuramente terminou os seus dias... Exposições de fotografia, pintura, serões de arte, feiras, passando por lições de cultura geral proferidas por pessoas expressamente convidadas, de tudo um pouco esta Instituição Abrantina realizou em prol da sua terra. A extensa e longa lista de actividades da Liga dos Amigos de Abrantes durante a sua actividade são infindáveis.
Tendo por lema “TUDO POR ABRANTES”, esta prestigiada instituição abrantina que arrancou com cerca de duzentos sócios, espalhados pelo País, Colónias e Estrangeiro, acolheu no seu seio toda a gente, independente do credo político e religioso, que tivesse como intenção fomentar o progresso da cidade numa atmosfera de entusiasmo e concórdia que em 2 de Fevereiro de 1980 se propunha atingir os mil sócios, já não existe.
Não existindo L.A.A., desconhecendo-se onde encontrar o seu espólio: livro de actas, biblioteca, quadros, mobiliário, Noticiários da Liga, será pois, impossível refazer a sua história.
Para que a história da Liga dos Amigos de Abrantes não seja esquecida, ficam as fotos possíveis de um passado recente, obra de Rogério Ribeiro, Roberto Palma e Humberto Inácio Ferreira (“TRÊS HOMENS… TRÊS DEDICAÇÕES”). NOTA: Se alguém souber onde encontrar o espólio da L.A.A. e quiser ajudar a reconstruir a sua história, contacte: jose.vieira.abt@gmail.com